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Atividades extrativas puxam indústria, que soma crescimento de 1,8% até maio
Em maio, setor teve queda de 0,5%. Contraste maior se dá na comparação com março, que havia registrado forte alta de 1,2%. Indústrias extrativas puxam o índice geral, com alta de 9,4% em 2025
Por Miliano Filho
Publicado em 02/07/2025 11:18
Economia

Nos cinco primeiros meses de 2025, a produção do setor industrial acumula alta de 1,8%. Em maio, na comparação com o mesmo mês do ano passado, o crescimento foi de 3,3%. O resultado se dá apesar de recuo de 0,5% da indústria, na comparação com abril de 2025, quando a desaceleração foi de - 0,2%. O contraste maior em 2025 se dá na comparação com março, que havia registrado crescimento de 1,2% na comparação com fevereiro. Mas a trajetória neste ano permanece superior à de todo o período desde novembro do ano passado. Em junho de 2024, a indústria havia registrado pico positivo de 4,1%.

Em maio de 2025, a atividade industrial foi sustentada pelo segmento de Bens Intermediários (matérias-primas, componentes e insumos), que teve variação positiva de 0,1%. As indústrias extrativas, que fazem parte do segmento Bens Intermediários, tiveram aumento de 0,8% na comparação com abril, e exerceram o principal impacto positivo, com a quarta alta consecutiva, acumulando expansão de 9,4%. No período, onze atividades, entre as 25 analisadas, tiveram crescimento na produção.

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Este é o lado positivo dos números da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada hoje (2) pelo IBGE. Por outro lado, o recuo geral de 0,5% na comparação com o mês anterior revela retração em 13 das 25 atividades industriais pesquisadas. Com esses resultados, a atividade industrial do país está 2,1% acima do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020), mas está 15,0% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011.

Entre as atividades, na série com ajuste sazonal, as influências negativas mais importantes vieram de veículos automotores, reboques e carrocerias (-3,9%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,8%). Também foram destaques as contribuições negativas de produtos alimentícios (-0,8%), produtos de metal (-2,0%), de bebidas (-1,8%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-1,7%) e móveis (-2,6%). Para André Macedo, gerente da Pesquisa Industrial Mensal, “o resultado negativo deste mês não apenas intensifica o ritmo de perda em relação ao mês anterior, mas também elimina parte do ganho de 1,5% acumulado nos três primeiros meses do ano, comparado ao patamar de dezembro de 2024.”

Bens intermediários seguram a atividade

Considerando-se as quatro grandes categorias econômicas, ainda na série com ajuste sazonal, houve três quedas: bens de consumo duráveis (-2,9%) bens de capital (-2,1%) e bens de consumo semi e não duráveis (-1,0%). O único resultado positivo veio de bens intermediários (0,1%), quarto alta consecutiva, acumulando avanço de 2,4%.

Para André Macedo, “o único resultado positivo entre as grandes categorias econômicas foi em bens intermediários, explicado, principalmente, pelo comportamento positivo do setor extrativo, por conta da maior extração de minérios de ferro. Por outro lado, o setor produtor de bens de consumo duráveis assinalou a maior magnitude de perda e eliminou parte da expansão de 4,1% acumulada nos meses de abril e março de 2025. Nesse mês, foi pressionado pela menor produção de automóveis, eletrodomésticos da “linha marrom” e motocicletas”.

Na comparação com maio de 2024, produção industrial avançou 3,3%

Comparada a maio do ano passado, a produção industrial do país cresceu 3,3%. Três das quatro grandes categorias econômicas e 19 dos 25 ramos tiveram maior produção. As atividades com maior influência positiva foram indústrias extrativas (8,7%), veículos automotores, reboques e carrocerias (12,2%), máquinas e equipamentos (12,6%) e produtos químicos (6,8%).

No lado das quedas, a principal influência negativa veio de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-7,2%), principalmente devido à menor produção de álcool etílico. Segundo o gerente da pesquisa, “O resultado positivo — de maior magnitude e perfil disseminado — está associado à baixa base de comparação, uma vez que, em maio de 2024, o setor industrial recuou 1,2%”.

Indústria ainda acumula alta de 1,8% em 2025

Com esses resultados, a indústria do país acumulou avanço de 1,8% nos cinco primeiros meses de 2025, permanecendo com expansão na produção e com ganho no ritmo frente ao mesmo período de do ano passado, quando esse acumulado estava em 1,4%.

Duas das quatro grandes categorias econômicas mostraram performances superiores às do mesmo período de 2024: bens de consumo duráveis (de 8,7% para 10,0%) e bens intermediários (de 1,5% para 2,3%). Esses segmentos foram impulsionados pela maior produção de automóveis (de 7,3% para 11,9%) e pelos avanços nas indústrias extrativas (de 1,7% para 3,2%).

Por outro lado, ainda na comparação entre os dois períodos, houve perda de ritmo nos setores de bens de consumo semi e não duráveis (de -0,7% para -1,2%) e de bens de capital (de 2,2% para 1,9%).

Link: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/43883-em-maio-reducao-na-producao-de-veiculos-puxa-recuo-de-0-5-na-industria
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